Onde fica a Alma da Prancha?
Com certeza não fica nas engrenagens de uma máquina de usinagem, nem nas mãos de um back shaper. Mas afinal, onde ficaria a alma de uma prancha? a resposta é simples: onde o shaper que a projetou estiver, ali estará a alma de sua prancha… Mas não qualquer shaper, eu falo do shaper verdadeiro, o shaper de alma, aquele que não é movido pelo dinheiro, que ama o que faz e faz o que ama…
Com a chegada da máquina, uma nova geração de shapers resolveu aprender a fazer pranchas, e estão no mercado aprendendo a cada dia, fazendo pranchas como hobbie, boa parte não sabe ao menos fazer uma prancha na mão. Existe uma outra linhagem de shapers, os chamados “hand shapers”, que nunca usaram máquinas, ou preferem não usar… Cada shaper, seja iniciante ou mais experiente, vem trilhando um caminho individual em sua evolução como shaper, mas suas opções estão certas ou erradas? representam o futuro ou o passado, em relação ao mundo das pranchas?

Shape x Design
Atualmente, os fornecedores de insumos (revendedores de matéria-prima, fabricantes de blocos e proprietários de máquinas) vem oferecendo cada vez mais facilidades para o shaper, na busca pela preferencia dos clientes, mas trata-se de uma faca de dois gumes… o verdadeiro shaper precisa manter a sua identidade, ser shaper sem deixar de continuar a ser o designer, ou melhor, a alma de suas pranchas… precisa ter uma participação sempre ativa, mesmo usando máquina, elaborando ele mesmo cada projeto, conjugar sua experiencia sempre com as mais avançadas tecnologias disponíveis, buscar se aprimorar cada vez mais, trabalhar com maior numero de medidas, maior minucia, detalhar mais o seu trabalho.
A verdade é que a arte de se fazer pranchas está a caminho de se tornar cada vez mais uma refinada técnica profissional, em que a tecnologia não pode ser desprezada…
Já não é segredo que as maquinas não entregam as dimensões projetadas com a confiabilidade necessária, logo, se o próprio shaper se reduzir a fornecer apenas as medidas básicas para o fornecedor, receber o pré-shape e apenas alisar sem conferir minuciosamente as medidas, questiono então, onde fica o “designer”, que projeta e executa cada prancha minuciosamente sob medida para cada cliente? muito importante não ceder às facilidades excessivas e não deixar de ser o projetista, ou onde estaria a alma de suas pranchas?
Complexo de Vira-latas
Há também os shapers residentes que se renderam aos gringos… baixaram a cabeça e aceitaram produzir pranchas de marcas internacionais em nome do dinheiro e da oportunidade de entrar nas lojas como marca de segunda linha.
No Brasil prevalece a cultura de supervalorizar tudo o que vem de fora… shapers brasileiros residentes no exterior, como Xanadu, Zouvi e Cabianca, entre outros, já possuem o reconhecimento internacional… Mas os shapers brasileiros residentes, ao invés de aguardarem passivos que, em algum momento futuro, o mercado volte a nos favorecer, precisam investir na aquisição e no desenvolvimento de novas tecnologias e insumos que permitam aumentar sua competitividade em relação às lojas, que hoje detém aproximadamente 90% do mercado nacional.
Pranchas de Loja

Aqui uma questão digna de polêmica, mas a verdade seja dita: as pranchas gringas de loja são cópias… sim, apenas cópias, feitas por licenciados, em escala industrial, através de máquinas e simplesmente não atendem as necessidades dos surfistas mais experientes, que buscam evoluir o seu surf, como os competidores e quem já possui maior grau de habilidade. São pranchas semi-padronizadas, disponíveis em número limitado de opções de tamanho, largura, espessura e litragem… nada que se compare ao trabalho desenvolvido quando você encomenda sua prancha diretamente com o shaper, à exemplo dos melhores surfistas do mundo.
Mas o fato é que o shaper brasileiro possui hoje um forte concorrente: as Lojas, que oferecem inúmeros modelos de pranchas, populares mundialmente, desenvolvidos pelos melhores shapers do mundo. Como o shaper brasileiro pode fazer frente a uma tão forte estratégia de marketing, associada ao complexo de vira-latas do brasileiro ? Como disputar o mercado com as lojas?
Uma boa saída seria a possibilidade de oferecer aos seus clientes, um maior número de modelos, entre eles, os modelos internacionais encontrados nas lojas, seria uma maneira competitiva de disputar o mercado de pranchas com as Boardshops, que atualmente detém a maior fatia do mercado, em função da cultura brasileira valorizar as marcas estrangeiras, em detrimento do produto nacional…

Uma boa saída seria a possibilidade de oferecer aos seus clientes, um maior número de modelos, entre eles, os modelos internacionais encontrados nas lojas, seria uma maneira competitiva de disputar o mercado de pranchas com as Boardshops, que atualmente detém a maior fatia do mercado, em função da cultura brasileira valorizar as marcas estrangeiras, em detrimento do produto nacional.
Com o objetivo de facilitar a vida do shaper, aumentar sua competitividade em relação às lojas e retomar a sua fatia de mercado, desenvolvi uma nova tecnologia que batizei com nome de “Masterização de Designs”. Ela permite ao shaper reproduzir qualquer modelo internacional disponível pela internet ou nas lojas, de forma totalmente customizada para cada cliente >>> Saiba Mais
Você sabe o que acontece nos bastidores do mundo do surfe hoje em dia ?
Vou contar….
Você garimpa um atleta, um novo talento, mesmo com poucas condições, oferece a ele uma prancha com o material top, a experiência, o conhecimento e até mesmo arriscando comprometer o orçamento de uma pequena fábrica e fazendo uma aposta muito alta em um trabalho de equipe….
Os resultados começam a aparecer e consequentemente a fama…
Em alguns momentos dessa fama e deslumbre, é esquecido como tudo começou, do trabalho em conjunto, no tempo que chegaram pra afinar e ajustar todo o equipamento, então depois de algumas vitórias, vendo amigos e colegas do circuito com pranchas gringas, tudo é jogado fora, todo aquele trabalho feito não vale mais de nada, porque a prancha é nacional, os amigos, colegas e adversários de circuito só usam pranchas gringas…
A mídia e o marketing é dos gringos…
O status…
O ego…
Hoje quando você propõe uma parceria com algum atleta, ele não sabe se aceita por já estar seduzido em usar uma marca gringa, até mesmo feita no Brasil, mas de seda gringa…
A Doctor Surf optou em realizar sonhos. Da criação de novos modelos, partiu para as pranchas personalizadas com peso, litragem, medida, cores, fotos ou desenhos, enfim, a prancha dos sonhos!! Uma prancha única, com a característica de cada cliente, e não uma série, mas sim a sua PRANCHA!!